sexta-feira, janeiro 27, 2006

PROFESSORES VISITANTES


[Universidade de Wisconsin-Madison em 27 de abril
de 2005 conversando com estudantes brasileiros.
A Antropóloga Alcida Ramos (UnB) está ao fundo]

Hoje, depois de três emails (não mais que isso), acertei minha ida para a Universidade de Wisconsin-Madison nos EUA em janeiro de 2007 como professora visitante com uma bolsa da Tinker Foundation. Programa do curso, agenda, tudo definido. Simples, prático e eficiente.

Aconteceram contatos anteriores, você vai dizer, e por isso tudo foi tão rápido. É verdade. Em abril do ano passado passei dois dias na universidade para uma palestra e a idéia de voltar como visitante surgiu lá. Mas depois de dizer que eu gostaria de voltar, foram suficientes estes três emails e pronto, a proposta vai para a Fundação e deverá ser aprovada sem maiores problemas.

Isso significa que, em 31 de janeiro de 2007, pleno inverno no norte dos Estados Unidos, vai começar o curso sobre Movimentos Sociais e Políticas Públicas na Amazônia para estudantes de mestrado e doutorado até maio. E no meio do semestre vamos fazer um seminário sobre o projeto de pesquisa em Reservas Extrativistas. Simples e fácil assim.

A Universidade de Wisconsin-Madison tem excelentes centro de pesquisas em meio ambiente. Por exemplo, o Gaylord Nelson Institute for Environmental Studies que tem o Center for Sustainability and the Global Environment (SAGE) onde trabalha Jonathan Patz. Ele é especialista em doenças tropicais e no impacto das mudanças climáticas sobre a saúde humana.

Sobre o SAGE ele escreveu recentemente: "At the Center for Sustainability and the Global Environment (SAGE), we examine the linkages between natural resources, human health and security, and changes in the global environment. Our staff and students conduct cutting-edge research on these critical problems, and disseminate that knowledge through innovative teaching and outreach at the University of Wisconsin-Madison".

Um dos mais atualizados estudos sobre a ligação potencial entre desmatamento e malária foi publicado no início de janeiro por Jonathan Patz: "By dramatically changing the landscape, we are tipping the balance in a way that is increasing the risk of malaria transmission," says senior author Jonathan Patz. "This is one of the most detailed quantitative field studies in the Amazon that directly addresses the potential link between deforestation and malaria."• UW Press release• additional press coverage: Washington Post, NPR, World Changing

O sumário está a seguir:

THE IMPACT OF DEFORESTATION ON MALARIA RISK: ASSOCIATION BETWEEN HUMAN-BITING RATES OF THE MAJOR SOUTH AMERICAN MALARIA VECOR, ANOPHELES DARLINGI, AND THE EXTENT OF DEFORESTATION IN THE PERUVIAN AMAZON

AMY YOMIKO VITTOR,PhD, ROBERT H. GILMAN,MD, MPH, JAMES TIELSCH,PhD, GREGORY E. GLASS,PhD, TIMOTHY M. SHIELDS,MS, WAGNER SÁNCHEZ LOZANO, BA, VIVIANA PINEDO CANCINO, BA, AND JONATHAN A. PATZ,MD, MPH

Abstract
To better understand the impact of tropical rainforest destruction on malaria, we conducted a year-long study of the rates at which the primary malaria vector in the Amazon, Anopheles darlingi, fed on humans in areas with varying degrees of ecological alteration in the Peruvian Amazon. Mosquitoes were collected by landing catches along the Iquitos-Nauta road at sites selected for type of vegetation and controlled for human presence. Although the overall biting rates were low, deforested sites had an A. darlingi biting rate that was more than 278 times higher than the rate determined for areas that were predominantly forested. Our results indicate that A. darlingi displays significantly increased human-biting activity in areas that have undergone deforestation and development associated with road development. Controlling deforestation may not only help decrease the loss of biodiversity and erosion, but also control the incidence of malaria.

Outro centro importante para pesquisadores e professores é o "Latin American, Caribbean and Iberian Studies Program". http://polyglot.lss.wisc.edu/laisp/ Alberto Vargas, mexicano com experiência em ongs vinculadas ao Brasil e América Latina é assistente do diretor. Ele criou o Centro de Investigaciones de Quintana Roo (CIQRO), um espaço de pesquisa em ecodesenvolvimento no Mexico Caribenho, uma região rica em recursos naturais e dominada pelo turismo. Nos anos 80 Alberto trabalhou em Washington, DC como consultor. Ele colaborou na campanha que resultou na primeira incorporação dos aspectos ambientais nas políticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento e no Banco Mundial. E quem foi a pessoa chave nessa campanha?

Chico Mendes.
Alberto estava lá.
Elos que fazem com que uma história aproxime as pessoas.

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