sábado, janeiro 06, 2007

2007 - COMEÇO AMAZÔNICO
















Fogos em Copacabana e reveillon em companhia de Berta Becker, no Rio de Janeiro, 01.01.07

Amazônia

O ano começou cara a cara com os fogos, no apartamento de Bertha Becker no Rio, de onde de pode olhar para a beleza do mar, dos navios ancorados, das luzes milhares que parecem inundar a vida da gente por alguns minutos. Além de ver todas aquelas pessoas de branco comemorando juntas, abraçadas, pacíficas, o mais incrível era ouvir em uníssono aquele UOUH! alto cada vez que mais luzes e cores eram derrubados sobre a gente.

Amazônia, o futuro das políticas governamentais e o papel da iniciativa privada; falamos sobre esses e outros impasses para 2007. Um dado novo parece surgir das experiências recentes, dela e minha - o papel a ser desempenhado pela iniciativa privada que pode vir a ser diferente daquele tradicionalmente predatório. Se isso se confirmar no futuro próximo, teremos algo a comemorar, afinal, sociedade e governo, local e federal, em algumas áreas vêm cumprindo importantes agendas enquanto empresas privadas agem à margem da lei.

Meio Ambiente

Meu desejo para 2007 é ver uma mudança no Ministério do Meio Ambiente. Lula não entendeu a mensagem da Marina apesar de todo esforço feito de dividir a agenda ambiental com as demais esferas de governo. É muito importante saber a hora de sair. É aquela hora na qual sabemos que podemos fazer mais, mas percebemos que a curva de efetividade dos nossos atos, por motivos que não controlamos, começa a cair.

Marina fez um excelente trabalho. É uma pessoa de missão e pode reverter o quadro atual. Mas não acho que deveria se colocar esse desafio. A permanência da Ministra sem a força necessária neutraliza a sociedade, que a respeita e não quer entrar em choque com ela. É preciso abrir espaço para a sociedade se manifestar, questionar, brigar, forçar o governo a respeitar posições. Só assim Lula e sua equipe vão perceber que as posições da Ministra não são somente dela, mas da sociedade que está cansada da maneira convencional de se decidir a respeito do futuro do país.

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